A mistura correta de resinas epóxi é uma das etapas mais críticas para garantir o desempenho, a aderência e a resistência esperada do sistema. Pequenos erros nesta fase podem comprometer toda a aplicação, gerando falhas na cura, perda de propriedades mecânicas e até retrabalho completo. Neste artigo, você aprenderá como executar a mistura com precisão, entendendo cada etapa do processo.
Leia atentamente a ficha técnica
Parece óbvio, mas muitos problemas ocorrem justamente por não seguir corretamente as recomendações do fabricante. Cada sistema epóxi possui uma proporção ideal entre a parte A (resina) e a parte B (endurecedor ou agente de cura), que pode ser dada por peso ou por volume. Ignorar essa distinção compromete toda a reação química.
Escolha o equipamento certo
Para proporções por peso, utilize balanças digitais de precisão. Para proporções por volume, use copos graduados específicos. Medir “no olho” pode parecer mais rápido, mas geralmente resulta em proporções imprecisas e cura incompleta.
Misture de forma completa e homogênea
A mistura deve ser feita por pelo menos 2 a 3 minutos. Use uma espátula limpa ou misturador mecânico em baixa rotação, movimentando em círculos e raspando bem as bordas e o fundo do recipiente. Uma mistura incompleta pode deixar zonas não reagidas, que comprometerão o desempenho final do sistema.
Evite misturar volumes muito pequenos
Sistemas epóxi funcionam melhor em volumes a partir de 10 g. Misturas menores têm mais chance de erro na proporção e dificuldade de homogeneização. Quando for inevitável, redobre a atenção no pesagem e no tempo de mistura.
Atente-se à temperatura e à umidade do ambiente
Ambientes com temperaturas abaixo de 20ºC ou com umidade relativa acima de 70% dificultam a reação de cura, favorecendo efeitos indesejados como o blush (esbranquiçamento superficial) ou bolhas. Sempre que possível, aplique o sistema em ambiente controlado entre 23 e 27ºC.
Utilize um recipiente limpo e apropriado
Evite usar embalagens improvisadas ou reutilizadas com resíduos de outros materiais. Qualquer contaminante pode alterar a reação de cura ou gerar incompatibilidade com o sistema.
Faça um pré-teste em pequena escala
Antes de realizar a aplicação final, especialmente em grandes volumes ou projetos críticos, teste o sistema em pequena escala para observar o comportamento da mistura e garantir que os parâmetros estão corretos.
Conclusão
Dominar a etapa de mistura é essencial para extrair o máximo desempenho de um sistema epóxi. Mesmo um produto de altíssima qualidade pode falhar se for mal manipulado. A n_stry recomenda sempre o uso de ferramentas apropriadas, atenção às variáveis ambientais e leitura completa das fichas técnicas como parte da boa prática. Dessa forma, a performance desejada será alcançada com eficiência, segurança e durabilidade.
